Núcleo de Estudos

Linha do Tempo

Linha do Tempo

1500 - Viajam na frota de Cabral os judeus Mestre João (para pesquisas astronômicas e geográficas) e Gaspar da Gama (intérprete e comandante do navio dos mantimentos).

1502 - O Rei D. Manoel recebe de um grupo de judeus dirigido por Fernando de Noronha uma proposta de arrendamento para a exploração da nova colônia.

1503 - Aporta na ilha chamada de São João a primeira frota para exploração. No ano seguinte, o Rei doa a ilha a Fernando de Noronha. A partir de então, os navios portugueses passam a voltar à metrópole com enormes carregamentos de pau-brasil (chamado de "madeira judaica").

1515 - O Rei D. Manoel "toma" novamente a ilha, devido às freqüentes incursões francesas em busca de pau-brasil.

1516- Alguns judeus imigram ao Brasil a fim de ajudar na construção de um engenho de açúcar.

1530- D. João III nomeia Martim Afonso de Souza comandante de uma armada, que percorreria todo o litoral brasileiro em dois anos. Nos dois centros em que se concentrou (Bahia/ Recife e Rio de Janeiro/São Paulo) encontrou judeus influentes -Caramuru e João Ramalho - que o auxiliaram na colonização.

1532- D. João III cria capitanias hereditárias, dividindo o litoral entre Maranhão e Santa Catarina em 14 lotes, para 12 donatários explorá-los e colonizá-los. Como os portugueses cristãos preferiam a Índia, recorreu-se aos judeus, que foram fundamentais ao progresso das capitanias.

1549- Cripto-judeus de Portugal, devido à perseguição religiosa, vieram para o Brasil.

1570- Os judeus ainda praticavam abertamente sua religião.  

1573- Os judeus começam a "camuflar" sua vida religiosa, devido a restrições à liberdade de fé.  

1580- D. Henrique revigora o alvará que proibia os judeus de saírem de Portugal.

1629- Depois de algumas permissões e proibições, foi estabelecida, definitivamente, a lei de livre saída dos judeus do reino, por 250.000 cruzados.

1635-1644- Época em que os judeus desenvolveram um alto nível de vida social e cultural e diversificaram seus ramos ocupacionais. A concentração maior da comunidade judaica encontrava-se no Recife.

1642- Chega da Holanda o Rabino Isaac Aboab da Fonseca, que, além de continuar seus trabalhos literários, escreveu "Miimei lehuda", contando a vida cultural dos judeus brasileiros.

1645- A vida judaica no Brasil começa a entrar em declínio, devido à saída de Maurício de Nassau. A maioria dos judeus voltou para a Holanda, e alguns poucos se dispersaram pelo território brasileiro; 23 chegaram a Nova Amsterdã (hoje, Nova lorque), onde fundaram uma nova comunidade.

1654-1770- Anos difíceis para os judeus no Brasil, com o recrudescimento das perseguições da Inquisição.  

1810- Oficialmente proibidas as atividades da Inquisição no Brasil. Os judeus remanescentes viviam no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Grupos sefaraditas se estabelecem no Norte do país.

1865- É publicado no Diário do Rio de Janeiro , a primeira notícia sobre um serviço religioso judaico: "Os israelitas presentes nesta Corte celebraram ontem num salão particular a primeira cerimônia de seu culto, o Kipur ou Dia do Grande Perdão".

 

1873- Em janeiro, é fundada a primeira sociedade filantrópica judaica, a "Sociedade União Israelita do Brasil".

1890- Já viviam no Brasil judeus oriundos do Mediterrâneo Oriental (Grécia, Turquia, Síria,Líbano).

1910- É fundada a primeira sinagoga ashkenazita, o "Centro Israelita do Rio de Janeiro", sob a presidência de Hano Lent.

1915- Surge, em Porto Alegre, o "Di Mentschait" (A Humanidade), o primeiro jornal em idish no Brasil.

1916- É fundada, no Rio de Janeiro, a "Sociedade Beneficente Israelita", a primeira instituição importante para amparo aos imigrantes no Brasil.

1916- Já funcionava, no Rio de Janeiro, a primeira instituição cultural do país: a "Biblioteca Scholem Aleichem". . Surge o primeiro jornal judaico do Rio de Janeiro, chamado "A Coluna".  

1917- Foi criada, no curso suplementar do Colégio Pará e Amazonas, uma cadeira de língua hebraica. A sociedade judaica paulista já se organizava, com uma escola religiosa, uma instituição beneficente, uma biblioteca e um centro sionista.

1920- Chegam ao Brasil judeus vindos da Ucrânia e da Polônia. Nos anos seguintes, até 1935, chegam sobretudo a São Paulo e Rio dezenas de milhares de imigrantes judeus do leste europeu.

1925- Aparece, no Rio de Janeiro, o primeiro sinal de produção literária judaica no Brasil: o livro de poesias e contos Siun (Sinal).

1933- Fundação de partidos de ideologia fascista, que atacam violentamente os judeus e exaltam o "grande líder da salvação do mundo, Adolf Hitler" .

1937- Até esse ano, os judeus vivem momentos de intranqüilidade. Mas o golpe de Estado de Getúlio Vargas dissolve todos os partidos, inclusive os anti-judaicos.

1942- Judeus residentes no Brasil doam ao Exército brasileiro cinco aviões de treinamento.

1947- O brasileiro Oswaldo Aranha preside a sessão da Assembléia Geral das Nações Unidas que vota a criação do Estado de Israel.

1949- Samuel Malamud é nomeado primeiro Cônsul honorário do Estado de Israel no Brasil.

1952- São estabelecidas relações diplomáticas entre Brasil e Israel.

1955- É inaugurado A Voz Israelita , o primeiro programa radiofônico judaico do Rio            de Janeiro, transmitido em ídish, com os anúncios em português.

1959- Os jovens Arnaldo Niskier, Zevi Ghivelder e Arnaldo Cherzman inauguram o primeiro programa de TV judaico, chamado "Israel em foco".

1967- Em virtude da proibição do uso de língua estrangeira em rádio e TV, o programa A Voz Israelita passa a ser transmitido totalmente em português.

1977- Criação do Arquivo Histórico Judaico Brasileiro, em São Paulo.

1977- Criação do Museu Judaico do Rio de Janeiro.

(Com a colaboração de Jane B. Glassman)

 

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