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Estudos Judaicos: ShoáhLançamento do livro “Estudos Judaicos: Shoáh”, da Coleção Estudos Avançados em Judaísmo, da eminente Profa. Lisley Nascimento e colaboradores, todos professores de reputação inquestionável da USP, UFMG, UNICAMP etc.
Organização: Lisley Nascimento.
Colaboradores: Berta Waldman, Elcio Cornelsen, Emília Amaral, Luís Krausz, Luiz Nazario, Márcio Seligmann-Silva, Moacyr Scliar, Nancy Rozenchan, Renato Pfeffer, Ricarod Pfeffer.
(Editora Dnaz, Curitiba, PR, www.editoradnaz.com.br)
Cemitérios judaicos violados. Sinagogas e instituições israelitas alvos de depredação, vandalismo e terrorismo. Livros, filmes, caricaturas; congressos de intelectuais, homens das letras e das artes negando a Shoáh. Grupos de neonazistas e simpatizantes da intolerância em manifestações públicas de ódio.
Este não é o panorama da Alemanha nazista sob o comande de Hitler, mas assuntos de manchetes que tem lugar na mídia contemporânea.
No Brasil, segundo recente pesquisa, 96% da população desconhece o significado da palavra “Holocausto”. No entanto, uma exposição de “caricaturas do Holocausto” (na qual o Brasil ocupou o terceiro lugar em colaborações), além de um congresso mundial de revisionistas, em pleno século XXI,reeditam campanhas de intolerância e racismo. Negacionistas tem encontrado, assim, um solo fértil para a proliferação de suas idéias.
Uma vasta literatura de desinformação, que já chegou ao cinema, ao vídeo, à Internet tem sido produzida e disseminada. Velhos pesquisadores nostálgicos do nazismo e jovens militantes neonazistas trabalham, à décadas, na construção de uma maciça propaganda intitulada revisionismo.
Deste modo, filmes, romances, contos e caricaturas em todas as mídias, compõe um ”arquivo do mal” e objetivam desconstruir testemunhos, biografias, depoimentos, fotografias e todos os estudos compreendidos pós-Shoáh. Como uma espécie de “ovo da serpente“ que gera, em nossos dias, seus filhotes, o revisionismo, o negacionismo, e a onda neonazista intentam obliterar a memória e o testemunho de sobreviventes que, a despeito de contínuo dilacerar da rememoração, contam suas histórias.
O propósito deste livro da Profa Lisley Nascimento e mais 10 colaboradores, ora lançado pela Editora Dnaz, a despeito desse arquivo do mal, é refletir sobre o cinema, a literatura e as artes em geral produzidas sobre o Shohá, contrapondo-a ao mal que os nossos tempos ainda insistem em proliferar.
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